sexta-feira, setembro 26, 2008

Vidinha

Passam horas, dias e meses
E nós pensamos que mudamos
O que acontece maior parte das vezes
É que simplesmente retornamos

Retorno a uma adolescência
Com maturidade assumida
Divertimento com consciência
Do tempo que demora a vida

Agora não há desculpas tontas
Os antigos medos passam a realidades
Adeptos de comidas “prontas”
Sem pachorra para superficialidades

Que se lixe o que se tem por correcto
Que se trame a apregoada decência
Não somos cá mais que um "insecto"
Dia a dia em decadência

Noite

Rostos calados durante o dia
Grunhidos em sonho na noite
Com loucuras próprias de “vadia”
Que o gelo matinal acorda de açoite

Sou filha da madrugada
Alimento-me do luar para viver
E com ele me meto à estrada
Ansiosa por renascer

Consciente da inconsciência tardia
Rumo sem destino de procura
Aproveito o “sal” da noite
Por todas as horas que perdura.