sábado, fevereiro 19, 2011

O que eu pensei

quando voltei a acreditar, foi que tinha perdido tempo na vida ao isolar-me do amor, da partilha e de emoções intensas. No entanto, o tempo cura tudo! Até as ilusões se desvanecem e dão lugar à realidade que por si já é dura sem as desilusões.
Hoje em dia, assisto, com a mesma amargura de alguns anos atrás, à racionalidade inequívoca de maior parte das pessoas perante a vida. Se estão erradas ou certas, não sei... mas que subsistem melhor que eu, sem dúvida alguma.
Um dos meus inúmeros defeitos (há quem descubra em mim alguns que pensei nem serem possivel existirem em alguem) é, sem dúvida, a teimosia. Teimo em acreditar nas pessoas, assim como teimo em desacreditar radicalmente quando me demonstram que o seu universo é do tamanho só de si próprios.
O que me confunde de forma inexplicável é neste época de carências, de dificuldades de sobrevivência, algumas pessoas insistirem em se combaterem por motivos até inventados, só para fazerem sentir mal o próximo que está exactamente na mesma situação. Confunde-me a falta de ajuda, a falta de companheirismo, a falta de amor pelo próximo. Confunde-me o prazer em magoar quem se diz ter amado.
Há quem diga que estou desfazada da realidade. Talvez assim seja, mas prefiro estar desfazada e sentir-me bem com a minha consciência.

quinta-feira, julho 29, 2010

O egoísmo

é sempre fonte de desentendimento e pior se aliado a alguma prepotência.

Não consigo compreender e até aceitar (deve ser a minha mente com ideologia e inteligência mediana...) como é possível viver em função exclusiva da propria pessoa, "aniquilando" a sociedade ao considerá-la subdesenvolvida e menos preparada para o futuro tal como se afigura em exclusivo só para algumas pessoas (as de mente com ideologias e inteligência superiores).

Noto, com pena minha, que há, realmente muita dificuldade na partilha e que os objectivos comuns rápidamente se tornam pessoais quando se prevê sucesso.

Embora eu confesse a minha intolerância perante algumas situações, o que me causa alguns dissabores, nunca caí na arrogância de achar que a minha opinião deveria prevalecer como verdade universal, é a verdade pessoal que poderá, eventualmente, indicar-me o melhor ou o pior caminho.

terça-feira, julho 13, 2010

Metade de 2010

... já lá vai...

Entre crise económica e emocional, pois uma origina a outra..ou agrava-a.. lá vamos tentando sobreviver nesta selva.

O que normalmente seria motivo de desalento, dá-me, em particular, uma vontade de lutar fora do comum!!!

O que me espanta em nós, portugueses, é a capacidade de ultrapassar crises medonhas e manter em simultaneo um forma de estar destrutiva, principalmente contra o seu semelhante, aquele que todos os dias trabalha ou vive ao seu lado.

Continuo a achar e a acreditar que a união de pessoas, lutar pelo bem comum (que acaba por ser o bem individual multiplicado por nós todos), defendendo os nosso interesses e de quem nos rodeia, criando uma protecção entre semelhantes , será a resposta!

O medo instalado em alguns sectores, incutir nas pessoas um espírito de sobrevivência individual, achando que dividindo forças o poder mais fácilmente se instala, é um modelo já muito antigo, muito visto. No entanto, verifico que ainda é utilizado e consegue obter resultados!!!

Quando será que vamos entender que quando existe recessão, depressão, opressão e muitas outras palavras acabadas em ão....que a mesma é mais fácil de ultrapassar, se na luta diária tivermos cumplicidade, apoio, sintonia com as pessoas que vivem exactamente a mesma realidade.

segunda-feira, setembro 14, 2009

A vida num filme

Engraçado como ainda me emociono com filmes. Identifico-me com um personagem e parece que a realidade está ali, naquele ecran de imagem colorida, que me acompanha em mais uma noite de insónia.
Reparo, então, em todos os pormenores da minha vida. Nos "valores" que adquiri por "herança" e por vivência.
Embrulho os dias num misto de responsabilidade e sonho, empurrando as horas do dia.
Sinto-me bem aqui no meu canto, no meu refúgio.
Gosto de pensar na família, nos amigos, nas paixões que não se concretizam, nas pinturas que não acabo, nos escritos que desabafam a alma.
Gosto de pensar que os meus ideais são bons, mesmo que não realizáveis.
Gosto de pensar que os anos passam e que mantenho projectos, mesmo que irreais.
Gosto de pensar que amo, mesmo que o amor não seja meu.
Gosto de pensar que adoro viver, mesmo que a vida me contrarie constantemente.
Gosto de pensar que sou lutadora, mesmo que, em certas noites, ao ver certos filmes, fique emocionada ao concluir que os sonhos são uma simples pelicula colorida.

terça-feira, setembro 01, 2009

Amizade

A amizade é, sem dúvida, dos bens mais preciosos que podemos alcançar na vida. Não damos, por vezes, a importância merecida, porque temos normalmente os amigos à distância de um telefonema.
Muitas vezes se menciona a "verdadeira amizade" como forma de distinção. Não sou apologista de adjectivar uma palavra que, por si só, já contém todo o significado necessário. Não há amizade falsa ou verdadeira. Simplesmente existe ou não.
Embora já tenha perdido amigos e familiares por morte, é diferente quando um amigo deixa subitamente de aparecer. Sem aviso, sem mensagem, desapareceu sem rasto.
É um amigo/irmão. Contradizemos, na cumplicidade, a teoria comum que homem e mulher não podem ser só amigos.
Nos primeiros dias após o seu "desaparecimento" fiquei aflita, preocupada, enervada, triste. Pensei que o pior tivesse acontecido.
No entanto, por estranho que pareça, com o decorrer do tempo fui-me convencendo que ele estaria bem e algum "percalço" na sua vida o teria desviado do trilho habitual. Fiquei assim danada com ele, irritada por não me dizer nada, como se eu tivesse "direito" a opinar sobre as suas opções.
Não passou um único dia em que não pensasse nele, fosse para refilar ou para desejar que estivesse bem e desse notícias.
O círculo de amigos habitual comentou, especulou e trucidou socialmente uma personagem que, quando presente, nunca os destratou, antes pelo contrário. Terá tido alguma atitude desaprovada pelas ideia pre-concebidas, mas quem já não a teve? Eu já fui "incorrecta" algumas vezes, até excêntrica e polémica. No entanto, sempre pautei as minhas atitudes pelo que a consciência me ditava na altura e pelo que pensava ser o mais correcto, disso tenho a certeza.
Gostaria que alguem me indicasse uma pessoa que nunca tenha tido uma atitude contrária ao que seria expectável e que o fizesse simplesmente porque a sua consciência ou "coração" assim o motivou. Todos nós já tivemos essa atitude. Porquê condenar os outros?
A Amizade ultrapassa todas as distâncias e contratempos.

segunda-feira, julho 27, 2009

Raios e Coriscos!

Raios e coriscos
Vá de retro Satanás
Diabos mais ariscos
Que me soltaram atrás!

Querem luta seus danados
Não me soltem a ira!
Olhem que viram panados
Ou Choco cortado em tira!

Já tenho a mão na anca
Até calcei a tairoca
Se algum de vós me espanca
Leva com a maçaroca!

Já não viram seus bandidos
Que nem os trocos me deixam?
De bolsos abastecidos
Ainda mais me levam?

No IRS vinte por cento
Mais 11 para a dita Social
Nunca é nada a contento
E ainda pregam moral?

Fiquem sabendo queridos
Que não voto em ninguém
E para aqueles mais sabidos
Nem trocos, nem vintém

Campanhas em riste
Sorrisos dados de bandeja
Que política mais triste
Bolo podre sem cereja

Raios e coriscos
Vá de retro Satanás
Diabos mais ariscos
Que me soltaram atrás!

terça-feira, maio 19, 2009

Mea culpa!!!

Confesso, pronto… está bem!
Sou sincera, claro que sou! Digo o que sinto, claro que digo!
Expresso os pensamentos, mesmo aqueles que deveria manter calados! Claro que sim!!!
Ora, se não puder ser assim… não vale a pena!
Até os dissabores provocados por esta forma de estar valem a pena, pois definem também as pessoas que nos rodeiam.
Seja defeito ou qualidade, prefiro dar a conhecer-me e não me esconder, correndo sempre o risco inerente à partilha do meu ser.
Ainda há pouco conversava com uma amiga sobre dramas reais que acontecem nas nossas vidas quando menos esperamos e perante os quais somos completamente impotentes…
Então, acabo por acatar que a vida é realmente o dia de hoje, sem projectos a longo prazo, mas sem nunca perder a capacidade de sonhar.
Sonho na minha escrita, nas telas que choram quando as tinjo… (fosse eu tela e até fugiria!), na conversa que mantenho online com um desconhecido. Sonho quando consigo ter a capacidade de me alhear, mantendo na realidade o brilho de quem acredita na vida, mesmo que seja só no dia que vivo hoje.
É nesta ambiguidade que consigo sorrir e gostar de quem gosta de mim e até de quem não gosta, vá-se lá saber porquê!!!